A psicoterapia conduz ao autoconhecimento, ajuda na elaboração, leitura de problemas, apoio nas patologias, observações pontuadas de repetições de padrões, tem papel importante de corregulação, manejos de controle emocional, psicoeducação e demais técnicas específicas. Porém, hoje em dia, cada vez mais sabemos que a terapia da fala, tem suas limitações na ajuda efetiva e de curto prazo para muitas transtornos,  onde somente a elaboração cognitiva não avança e nem sempre permite o sentir.

Nisto surgem as técnicas de processamento ou reconsolidação de memórias - neuroprocessamento. Onde as memórias "não processadas", são revisitadas/sentidas junto ao apoio compassivo do terapeuta e com técnicas diferenciadas. Neste mergulho interno, são habilitadas as respostas do próprio interagente, as memórias são então processadas e também podem ser atualizadas (reconsolidadas). É um espaço concedido e guiado para esse relacionamento interno se estabelecer.

Nestas respostas do próprio corpo/inconsciente, acontecem desbloqueios emocionais, energéticos e físicos, com resoluções rápidas e duradouras.

A forma como particularmente trabalho com a processamento, é uma fusão de várias abordagens pelas quais me formei e outras que já faziam parte dos atendimentos, como Terapia do Trauma, Abordagem Integrada da Mente, Focalização, IFS, entre outros, e principalmente somado a abordagem compassiva/autocompassiva.

O atendimento dura em torno de 90 minutos, e podem ser abordadas questões diversas. É comum haver uma grande melhora (em alguns casos remissão) em quem sofre de transtornos de ansiedade (ex. pânico, estresse pós-traumático), do humor (ex. depressão, bipolaridade), da personalidade (ex. borderline), do comportamento (ex. compulsões, agressividade, abuso de drogas) e de doenças psicossomáticas (ex. enxaqueca, psoríase).

O pré-requisito à sessão é estar disposto a um momento mais introspectivo, de mergulho interno para ver (não necessariamente reviver) memórias que poderão ser processadas, liberadas.

Não há julgamentos das suas questões, o ideal é que haja uma exposição dos fatos (até onde desejar!) para maior elaboração e condução, mas é possível também fazer uma condução sem que seja necessário expor fatos não desejados.

Dentro da abordagem da psicoterapia incluo algumas conduções mais breves do processamento, entremeando com sessões mais dedicadas ao processamento, o que depende bastante de como são as interações, necessidades e preferências.

As sessões de processamento podem ser conduzidas individualmente de acordo com a disponibilidade do interagente, independente do psicoterapia. Mas, de forma geral, algumas sessões mais dedicadas a terapia inicialmente são bem interessantes para uma compreensão mais abrangente da biografia, elaborações com as  defesas, e estabelecimento de maior confiança do interagente ao seu terapeuta.

Um trauma não é somente um grande evento, mas existem os traumas menores e os que vão se repetindo e que se tornam crônicos. 

O trauma é uma memória de longa duração, quando o sofremos, nós congelamos, há um fluxo interrompido onde não tínhamos condição de "processar" o evento. Trauma inclui sempre algum nível de congelamento. Quanto maior o congelamento, maior o trauma. Ou seja, quando não foi possível completar o processo de entrar, atravessar e sair da "imobilidade". Não fugimos, nem lutamos por alguma impossibilidade, seja um impedimento físico ou emocional como medo, vergonha ou culpa, que restringiram ações.

Congelamento é uma curva não completa de reações metabólicas (adrenalina, cortisol, ativações dos sistemas simpático e parassimpático, etc). Depois, noradrenalina e dopamina (neurohormônios) sendo reativados, consolidam a memória traumática.

Quando processamos, "descongelamos". Nem sempre abordagens de processamento incluem uma reconsolidação como uma atualização de memórias -  mas acho essa uma etapa importante no processamento, que não traz uma segunda memória ao evento (não muda o evento), e sim uma visão mais ampla/compassiva para o que aconteceu. E incluído o aspecto compassivo e autocompassivo, também permite uma liberação de hormônios antídotos ao stress e ao trauma, como endorfina e ocitocina.

Para lidar com o trauma é necessário integrar cérebro direito e esquerdo, assim como trabalhar com o cérebro triuno: reptiliano, límbico e neo-cortex, por isso somente abordagens cognitivas não são efetivas ao descongelamento.

• Espaço com privacidade, silencioso e confortável para você;

• Fones de ouvido;

• Água. Opcional: chazinho se tiver;

• Opcional: lenço - é bom, se precisar!

• Opcional: se tiver, traga para seu espaço, seus óleos essenciais ou um borrifador com óleos (natural). Exs: lavanda, bergamota, ylang ylang, palmarosa, gerânio, eucalipto staigeriana, etc. Caso tenha... rosa, jasmim...